Quando me deito solitária, Desejando ser solidária, Minha tristeza abastada, Me encanta de virada, A sutileza da ingenuidade, De retórica me acaricia, Deitada em minhas angústias, Me revelo por inteira, As distâncias de mim, Não percorridas por ausência, Pois existo de minha carência, Sempre que busco vigência, De atos sutis de latência, Fecundo minha displicência, Na arrogância de minha indecência...
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A ninfeta que acaricio, Neste breve cortejo, Desperta meu desejo...
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O homem brasileiro, Que ama tantas bundas, Retratos de seus desejos, Descobre que a cada dia, É mais bundão do que pensa, Pois sequer consegue, Olhar uma bunda sem desejar, Pois não é homem, É apenas um cérebro, Repleto de bundarônios...
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Dizem ser o seio bonito, Objeto de desejo e afago, Onde qualquer ente, Macho ou fêmea, Se revela tarado, Para lamber o desejado, Mordiscar e chupar, Pois nada mais prazeroso, O prazer de quem recebe, Carícias alavancadas, Nos seios admirados, Por onde qualquer um, Na realidade sutil, Cobre de beijos, Os doces bicos que viu, Para não deixar, Desejo reprimido, Pelo chupar não dado...
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Ao raiar de cada dia, Mulher me revela, O todo que sentia...
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O que posso ter, Em apenas um toque, Prazer e contemplação, Num toque surdo, Num toque mudo, Apenas num toque, Que resultam em outros tantos, Neste beijo que te abraço...
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Linda efêmera, Mulher encantada, Natureza inacabada...
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Sutis toques, Das mãos, Dos lábios, Do corpo, Do ser, De todo O prazer...
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Não se esqueça, Do que sou teu, Não somente lábios, Mas todos os desejos, Insanos que traço, Numa reta obscura, Numa linha torta, Nos caminhos doces, Amargurados, Mas deliciosamente beijados...
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Mulher se afoga em si, Nas lágrimas derramadas, Na menstruação coalhada...
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Traduzir gestos, Impossível de fazer, Primeiro sem sentir, Segundo em desejar, Terceiro em querer, Estar no quarto, Com você...
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Meus lábios eternos, Efêmeros e libidinosos, Sempre amorosos...
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Jeitos tolos de bocas e desejos, perpetuam a serenidade que persigo em mim, a razão pela qual faz da vida algo especial, como a própria insensatez da insanidade diante das portas da loucura, representada no beijo...
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Não há como deixar, De ver que o selo, Marca a pele que toca, Pelo lábio que cede, Pelo corpo que pede, O sabor que excede, Ao sabor doce, Que antes era perdido, No vento e no tempo, Agora resgatado, Em meu corpo...
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A boca é um instrumento de prazer que sabe tocar a alma indelevelmente como jamais fora tocada...
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Se ao me desejares, Não me deixar torpe, Me faça um favor, Me entregue risadas, Acariciando meu corpo, Com a língua que hei de saborear em minha boca...
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Somente te beijo ao beijo que te beijo no beijo que beijo teu beijo em teus beijos nos teus beijos em cada beijo no teu beijo que beijo e beijo e beijo e beijo...
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Quero ser seduzida, Por inteira e loucamente, Entregando-me a ti, Encantos de minha vida, Sabores que requento, Neste prato diário, Em que te convido, A me saborear, Mulher doce e fatal, Que amo amar...
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Quente, rente, em frente, semente, como não sentir, este carinho...
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Não que seja feita dor, Prazer acima da dor, Acaricie como fosse teu, Me toque deliciosamente, Serei teu prazer, Em meu prazer...
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Como uma semente, lançada ao chão, te convido para cultivarmos essa frutinha, chamada amizade, juntos, com muito carinho e dedicação, para vê-la crescer, tornar-se um fruto delicioso, com o nosso sabor... posso contar contigo...
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Ao toque, Desperto, Do toque, Disperso, No toque, Deliro, Pelo toque, Dôo-me...
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Apenas seja, um beijo, sincero...
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Um dia aprendi a viver, Vi a luz brilhar intensa, Vi carinhos descobertos, Vi a sede saciada, Vi a distância afastada, Vi a relutância em amar, Vi a mulher desejada, Vi a descoberta inacabada, Vi a mulher complicada, Vi a fúria da posse cerrada, Vi a competência amada, Vi a atitude serenada, Vi a vida reiniciada, Vi a menina assustada, Vi a ninfeta saciada, Vi tantos momentos, Que Vi a Vivi de ane, Viviane que vi nascer...
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