Compulsivo ao extremo, para poder entender, há quantas razões se passa, uma infindável dúvida, daquelas onde tudo é irreal, mesmo que no abstrato, tentamos por tantas vezes, mas imortal se intensifica, perenemente caprichoso, tão soberano como astuto, mas de pequeno se representa, na tentativa retórica, em fazer-se doce ao amargo, nem sequer entendemos, mas sabemos ao incerto, que neste templo de razões, criam-se as terríveis paixões...
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Quero que me corrompa em desejos, plenos e complexos completamente, para que possamos solucioná-los, a dois, com a ternura e carinho, que possamos compreender juntos, cultivar nossos filhos do tempo, sem que tenhamos medo do presente, transformando o mundo para eles, enriquecendo nossos caminhos, cultivar com intensa maturidade, em plena e irrestrita capacidade, com intensos sorrisos nos olhos, incorrendo na paixão por querer, ser seduzido compulsivamente, ao teu bel prazer...
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Teço em mim as tuas qualidades, para que possamos nos revelar, por completos numa interação, como neste sorriso ardente, que me compromete desejoso, na afinidade da luz de teu olhar, sucumbindo aos teus trejeitos, sabiamente representados, pela soberania em ser mulher, qual homem nenhum entende, a cada toque em teu corpo, suavemente, sinto-me indelével, como a bruma que tece o ar, como os lábios que beijam o peito, descoberto e aberto, para os carinhos a serem feitos...
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Lamento a distância que nos atinge, como faca que corta a carne, mas nada se faz tão distante, mesmo que nos coloquemos assim, a cada passo dado na direção um do outro, a distância se encurta, distância acaba se tornando motivação, para ser superada a cada passo dado, são de fatos e atos concretos feitos, a cada vontade e prazer estabelecido, não que desejemos o mais convencional, porque o que está à mão é mais fácil, mas nem sempre será o mais gostoso, fácil vem fácil vai, por isso, não me entrego ao fácil, quero sempre ir além do aqui, quero que tudo seja conquistado, pois desejo caminhar sempre...
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Não sei te dizer há quantas verdades te menti, pois éramos a exata condição de dois se procurando plenamente em sentimentos, através dos momentos vividos e divididos pela irresponsabilidade de não sermos cúmplices, como tolo fui ao não te abraçar intensamente, com o carinho devido e não dividido, com o beijo intenso e colado em teus lábios adocicados, com ternura nas mãos dadas ao léu, sucumbir ao toque de tua pele na minha, na imensa proporção em sermos descobridores insaciáveis do amor, escalando a eterna montanha do prazer, como cada ato nos faça mais insanos, mais distantes do que nos tentam cercear, quero ser o teu suave suspiro quando me fizer teu dentro de tua plenitude audaz, dentro de teu ser loucamente coerente em querer ser amado e completado, quero ser-te teus delírios plenos, como nunca dantes viste ou contemplaste, quero ter a meiguice de teu gesto em linha como o pincel que segura, ao fecundar a tela branca e virginal a tua frente...
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Suavemente displicente, observo-te serenamente, tentando ser plenamente, um pouco descompassadamente, pelo corpo eminente, deitado tacitamente, pelo toque das mãos rente, a cada sentido da mente, mesmo que seja num repente, que as levas se faz frente, ao que tenho imprudente, tuas curvas indelevelmente, cultivadas incontrolavelmente, em mim constantemente, em você eternamente...
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Quem é o vidente das razões, que o amor nos explicita, quem é o sábio dos corações, que a paixão nos dedica, quem é o doutor das ilusões, que a intenção nos excita, quem é a dama das emoções, que a retaliação se aplica, quem é a senhora das tentações, que o tesão se identifica, quem é a vitalidade das relações, que a cumplicidade se ilimita, quem é a mulher de minhas intenções, que a loucura se intensifica, és tu que se move nas ondas turvas, de minha paciência em te esperar, colar em mim infinitamente...
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Dizem que todos procuram, intensamente nossa cara metade, que para toda panela tem a sua tampa, mas esquecemos que não somos objetos, nem utensílios de cozinha, somos seres humanos com sentimentos, não existe cara metade, existe apenas a completa entrega, com extrema honestidade e respeito, sem joguinhos absurdos e idiotas, na relação não há espaço para brigas, o que temos de aprender é ser sinceros, ser a comunhão em alma e corpo, sem desvios ou atalhos, ser absolutamente humanos, para poder encontrar, enfim, o tanto continuamente procuramos...
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De longe vi um pássaro voando, como nunca tinha visto antes, estava lindo planando no céu, descobrindo as razões do vento, as virtualidades que o ar faz, admirava o pássaro naquele azul todo, meus olhos chegaram a chorar, a tristeza me tomou de assalto, olhando aquele pássaro voar, lamentei minha existência, ao ver-me dentro deste espaço, que um janela pequena me abre, minha liberdade renegada, nesta prisão que me encontro, vendo a liberdade naquele pássaro...
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Os mares a velejar, são como o corpo de mulher, que desejamos amar, caprichosamente, nas ondas deste corpo nu, que sustenta meu desejo, onde deito minha boca e beijo, tendo minha língua como peregrina, descobrindo cada centímetro, nas razões de conquistar, o inevitável inconquistável, mutilo minhas paixões, o que posso te dizer, sem mesmo te perder, senão apenas te querer, como razão de viver...
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Teu olhar sedutor e mágico, como se fossem janelas incertas, lançando-me ao cadafalso, deixando-me embebecido, corrompendo minha razão, e continua a me olhar, como quem planta a dúvida, me quer ou me repele, gatinhosamente me seduz, como a bela fera que é, teus olhos enfeitiçam, levam meus lábios aos teus, como atração fatal, ao te beijar encerra, a loucura do teu olhar...
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Simpatia em forma de gente, que tem certo e de repente, o que mais que se sente, clarezas requintadas em mente, como quem a tudo rente, como traço delineadamente, inseguro e reticentemente, mesmo que concretamente, sei que é muito indiferente, mas tenho certeza que sente, muita sede retoricamente, das águas serenamente, talhando teu corpo suavemente, moldando infinitamente, o desejo constantemente, te ser mais retirante, mesmo que seja teu amante...
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São de pequenas surpresas, que traçamos nossos destinos, para desembocar em amizade, caminho seguro ao enlace, onde duas pessoas se completam, de forma a não descuidar, da tão rara semente plantada, na fertilidade do amor, que se desdobra na ternura, cumplicidade do carinho, de mãos dadas e comungadas, tecendo a felicidade desejada, lucidamente com os corpos, remansos na calmaria do prazer...
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Amo tanto te amar como te amo, dolorosamente amo te amar, calorosamente te amar tanto, perdidamente amo tanto te amar, sorridente te amo de tanto amar, sensualmente amo fazer amor, caprichosamente te beijo com amor, cumplicidademente te descubro amor, sorrateiramente te persigo amor, inevitavelmente amo o calor de te amar, irremediavelmente curo de te amar, sensivelmente amo te amar de tanto amor, loucamente te amo amar a cada amor, suavemente amo teu amor a te amar, intencionalmente amo te amar, se ainda não entendeu que amo te amar, é porque ainda não me deixou, realmente te amar tanto de tanto amor...
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Teço as palavras em teu corpo, como descobertas incansáveis, ondulando tuas curvas retas, destoantes das horas certas, como precipícios descobertas, deliciando ao mais tenro sutil toque, seja pelas mãos afáveis, seja pelos lábios adoráveis, tens o corpo a tua essência, desejoso de aparência, cultuado pela inocência, desprovido de impertinência, entalhado pela paciência, de quem te olha à distância, pois teme a imprudência, em ser livre na indulgência, em te querer na seqüência, dos beijos e toques aclamados...
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Das estruturas mal delineadas, contorcidas pelas seqüelas, que a vida nos destina, impiedosamente a cada ação, arquitetada pela emoção, em traços uniformes, em cálculos estereotipados, fazer de mim a tua relação, como uma prancheta nua, que aos poucos sobressai, um conteúdo significante, uma arte sem vislumbres, um marco projetado, uma obra a ser contemplada, arquitetada por desejos...
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Das curvas que passei, neste rio de turvas águas, que desvia sua trajetória, diante dos obstáculos, não por ser covarde, mas por ser sábio, como todo homem deveria ser, diante da mulher amada, descobri-la como a um rio, nas suas curvas serenas, adocicada pela sua leveza, intempestiva como as águas, mas segura em seu leito, a mulher não é uma descoberta, ela é uma aventura plena, que homem nenhum desbrava, por ser insensível às vezes, ou por ser indiferente, mas quando aprender a amar, será o único capaz de conhecer, a mulher que diz ser, pra sempre amada...
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Compete ao ser humano descobrir, dentre tantas outras coisas, sua própria existência e essência, como a quem procura um caminho, sem desvios para concretizar sonhos, ao homem compete descobrir a mulher, que há tanto o deixa intrigado, mas não no sentido de explorá-la, pois se explora matas, mares, a mulher deve ser compreendida, em toda a sua diversidade, como a quem desnuda um anjo, que encanta de luz e amor, o descobrir está em se conhecer, a cada passo dado em direção a si, é um passo na descoberta da mulher, pois só pode amar quem se ama, e amar uma mulher, somente quem ama a mulher dentro de si, pois é covarde o homem, que não assume em si sua feminilidade, principalmente para descobrir, a mulher que diz ser a amada...
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Tudo se resume em resumir, como poucos têm a noção, que a maturidade interage, displicente com a futilidade, cada vez que a compõem, como os gestos sutis, que vislumbram a vida, como a quem ama amar, em todos os que vão voltando, como ente preciso e errado, das parábolas alugadas, aos ouvidos de quem vê, mas tem a incerta razão, em nada cultivarmos, além da indiscrição, de sermos meros coadjuvantes, de uma relação completamente, recheada de dúvidas, mas que nos leva a crer, na essência de quem fica, perseguindo as estrelas, plantadas nos teus olhos...
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Lindos são os momentos nossos, em que recriamos a emoção, como dois loucos apaixonados, aprisionados pelo coração, tecendo fios de comunhão, para nos contemplarmos, a cada carinho plantado, onde nossas mãos percorrem, nossos corpos nus e doces, descobrindo a eternidade, de cada sentimento tocado, como um vôo rasante, onde o abismo nos sustenta, tocar teus lábios molhados, descobrindo tua essência, trancada há tanto tempo, na tua vitalidade serena...
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Enquanto os animais ficam em bandos, os seres humanos tendem a ficar sozinhos, talvez por sermos mais racionais, deixando de lado nossos instintos, mas também somos assim individualistas, como desde a criação dos tempos, pensamos em nossa felicidade, queremos nosso sucesso e riqueza, desejamos para nós um sexo delicioso, exigimos que nos dêem alegria, enfim, queremos tudo para nós, por isso que estamos sozinhos, não há humano ou animal que agüente, ser explorado de tanta crueldade, ninguém é infindável em si, mas quando aprendermos a nos doar, a dividir, a compartilhar, quando formos cúmplices verdadeiros, estaremos no caminho certo, o de não ficarmos mais tão sozinhos...
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Ao vento danço minha dança, como a quem semeia e encanta, pela pura razão em alegrar, aos corações alheios despertar, dizem que sou ginasta, mas sou muito mais ainda, sou a mulher inacabada e resolvida, que diante da conquista se expande, sou uma bailarina sobre o vento, não uma pessoa simples ou louca, mas sou louca pela minha loucura, que há muito tenho me realizado, sou então uma ginasta bailarina mulher, que realiza seus sonhos e enfatiza, a alegria de viver está justamente, em saber como se viver...
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Apesar de tudo e de todos, apesar de erros e de acertos, apesar de sussurros e de gritos, apesar de afagos e de porradas, apesar de amarmos e de odiarmos, apesar de não compreender, apesar de não complicar, apesar de não esconder, apesar de não entender, apesar de ser teu bem querer, apesar de ser teu bem desejar, apesar de ser teu bem beijar, apesar de ser teu bem amar, esqueço muitas vezes de ser, tudo o que posso ser apesar, de que tento apenas te amar, como a quem ama apesar de tudo...
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Sou mulher de garra e amores, que descubro no homem seus temores, são como crianças que vislumbram, ao mesmo tempo em que temem, são muitas vezes pequeninos, outras se mostram gigantes, mas como mulher que sou, sábia e conhecedora de crianças, entendo o homem em sua descoberta, principalmente em me descobrir, pois sei que sou um mistério, para qualquer homem sério, para o homem que somente brinca, ensino uma nova brincadeira, a de mergulhar dentro de si, descobrindo a mulher cativa, para nunca mais brincar, com a mulher de fora e ativa, pois o homem que se integra, é mais homem do que qualquer outro, pois desnuda-se perdidamente, pela mulher que ama apaixonadamente, sou mulher nas tuas mãos...
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