Gil Marcos Cordeiro Veiga
Poesias, poemas e outros escritos
Minhas Verdades Dois
Compulsivo ao extremo,
para poder entender,
há quantas razões se passa,
uma infindável dúvida,
daquelas onde tudo é irreal,
mesmo que no abstrato,
tentamos por tantas vezes,
mas imortal se intensifica,
perenemente caprichoso,
tão soberano como astuto,
mas de pequeno se
representa,
na tentativa retórica,
em fazer-se doce ao amargo,
nem sequer entendemos,
mas sabemos ao incerto,
que neste templo de razões,
criam-se as terríveis
paixões...
Quero que me corrompa em
desejos,
plenos e complexos
completamente,
para que possamos
solucioná-los,
a dois, com a ternura e
carinho,
que possamos
compreender juntos,
cultivar nossos filhos do
tempo,
sem que tenhamos medo do
presente,
transformando o mundo
para eles,
enriquecendo nossos
caminhos,
cultivar com intensa
maturidade,
em plena e irrestrita
capacidade,
com intensos sorrisos nos
olhos,
incorrendo na paixão por
querer,
ser seduzido
compulsivamente,
ao teu bel prazer...
Teço em mim as tuas
qualidades,
para que possamos nos
revelar,
por completos numa
interação,
como neste sorriso ardente,
que me compromete
desejoso,
na afinidade da luz de teu
olhar,
sucumbindo aos teus
trejeitos,
sabiamente representados,
pela soberania em ser
mulher,
qual homem nenhum
entende,
a cada toque em teu corpo,
suavemente, sinto-me
indelével,
como a bruma que tece o ar,
como os lábios que beijam o
peito,
descoberto e aberto,
para os carinhos a serem
feitos...
Lamento a distância que
nos atinge,
como faca que corta a carne,
mas nada se faz tão distante,
mesmo que nos
coloquemos assim,
a cada passo dado na
direção um do outro,
a distância se encurta,
distância acaba se tornando
motivação,
para ser superada a cada
passo dado,
são de fatos e atos
concretos feitos,
a cada vontade e prazer
estabelecido,
não que desejemos o mais
convencional,
porque o que está à mão é
mais fácil,
mas nem sempre será o
mais gostoso,
fácil vem fácil vai,
por isso, não me entrego ao
fácil,
quero sempre ir além do
aqui,
quero que tudo seja
conquistado,
pois desejo caminhar
sempre...
Não sei te dizer há quantas
verdades te menti, pois
éramos a exata condição de
dois se procurando
plenamente em
sentimentos, através dos
momentos vividos e
divididos pela
irresponsabilidade de não
sermos cúmplices, como
tolo fui ao não te abraçar
intensamente, com o
carinho devido e não
dividido, com o beijo
intenso e colado em teus
lábios adocicados, com
ternura nas mãos dadas ao
léu, sucumbir ao toque de
tua pele na minha, na
imensa proporção em
sermos descobridores
insaciáveis do amor,
escalando a eterna
montanha do prazer, como
cada ato nos faça mais
insanos, mais distantes do
que nos tentam cercear,
quero ser o teu suave
suspiro quando me fizer teu
dentro de tua plenitude
audaz, dentro de teu ser
loucamente coerente em
querer ser amado e
completado, quero ser-te
teus delírios plenos, como
nunca dantes viste ou
contemplaste, quero ter a
meiguice de teu gesto em
linha como o pincel que
segura, ao fecundar a tela
branca e virginal a tua
frente...
Suavemente displicente,
observo-te serenamente,
tentando ser plenamente,
um pouco
descompassadamente,
pelo corpo eminente,
deitado tacitamente,
pelo toque das mãos rente,
a cada sentido da mente,
mesmo que seja num
repente,
que as levas se faz frente,
ao que tenho imprudente,
tuas curvas indelevelmente,
cultivadas
incontrolavelmente,
em mim constantemente,
em você eternamente...
Quem é o vidente das
razões,
que o amor nos explicita,
quem é o sábio dos
corações,
que a paixão nos dedica,
quem é o doutor das ilusões,
que a intenção nos excita,
quem é a dama das
emoções,
que a retaliação se aplica,
quem é a senhora das
tentações,
que o tesão se identifica,
quem é a vitalidade das
relações,
que a cumplicidade se
ilimita,
quem é a mulher de minhas
intenções,
que a loucura se intensifica,
és tu que se move nas
ondas turvas,
de minha paciência em te
esperar,
colar em mim infinitamente...
Dizem que todos procuram,
intensamente nossa cara
metade,
que para toda panela tem a
sua tampa,
mas esquecemos que não
somos objetos,
nem utensílios de cozinha,
somos seres humanos com
sentimentos,
não existe cara metade,
existe apenas a completa
entrega,
com extrema honestidade e
respeito,
sem joguinhos absurdos e
idiotas,
na relação não há espaço
para brigas,
o que temos de aprender é
ser sinceros,
ser a comunhão em alma e
corpo,
sem desvios ou atalhos,
ser absolutamente humanos,
para poder encontrar, enfim,
o tanto continuamente
procuramos...
De longe vi um pássaro
voando,
como nunca tinha visto
antes,
estava lindo planando no
céu,
descobrindo as razões do
vento,
as virtualidades que o ar faz,
admirava o pássaro naquele
azul todo,
meus olhos chegaram a
chorar,
a tristeza me tomou de
assalto,
olhando aquele pássaro
voar,
lamentei minha existência,
ao ver-me dentro deste
espaço,
que um janela pequena me
abre,
minha liberdade renegada,
nesta prisão que me
encontro,
vendo a liberdade naquele
pássaro...
Os mares a velejar,
são como o corpo de mulher,
que desejamos amar,
caprichosamente,
nas ondas deste corpo nu,
que sustenta meu desejo,
onde deito minha boca e
beijo,
tendo minha língua como
peregrina,
descobrindo cada
centímetro,
nas razões de conquistar,
o inevitável inconquistável,
mutilo minhas paixões,
o que posso te dizer,
sem mesmo te perder,
senão apenas te querer,
como razão de viver...
Teu olhar sedutor e mágico,
como se fossem janelas
incertas,
lançando-me ao cadafalso,
deixando-me embebecido,
corrompendo minha razão,
e continua a me olhar,
como quem planta a dúvida,
me quer ou me repele,
gatinhosamente me seduz,
como a bela fera que é,
teus olhos enfeitiçam,
levam meus lábios aos teus,
como atração fatal,
ao te beijar encerra,
a loucura do teu olhar...
Simpatia em forma de gente,
que tem certo e de repente,
o que mais que se sente,
clarezas requintadas em
mente,
como quem a tudo rente,
como traço delineadamente,
inseguro e reticentemente,
mesmo que concretamente,
sei que é muito indiferente,
mas tenho certeza que
sente,
muita sede retoricamente,
das águas serenamente,
talhando teu corpo
suavemente,
moldando infinitamente,
o desejo constantemente,
te ser mais retirante,
mesmo que seja teu
amante...
São de pequenas surpresas,
que traçamos nossos
destinos,
para desembocar em
amizade,
caminho seguro ao enlace,
onde duas pessoas se
completam,
de forma a não descuidar,
da tão rara semente
plantada,
na fertilidade do amor,
que se desdobra na ternura,
cumplicidade do carinho,
de mãos dadas e
comungadas,
tecendo a felicidade
desejada,
lucidamente com os corpos,
remansos na calmaria do
prazer...
Amo tanto te amar como te
amo,
dolorosamente amo te amar,
calorosamente te amar tanto,
perdidamente amo tanto te
amar,
sorridente te amo de tanto
amar,
sensualmente amo fazer
amor,
caprichosamente te beijo
com amor,
cumplicidademente te
descubro amor,
sorrateiramente te persigo
amor,
inevitavelmente amo o calor
de te amar,
irremediavelmente curo de
te amar,
sensivelmente amo te amar
de tanto amor,
loucamente te amo amar a
cada amor,
suavemente amo teu amor a
te amar,
intencionalmente amo te
amar,
se ainda não entendeu que
amo te amar,
é porque ainda não me
deixou,
realmente te amar tanto de
tanto amor...
Teço as palavras em teu
corpo,
como descobertas
incansáveis,
ondulando tuas curvas
retas,
destoantes das horas certas,
como precipícios
descobertas,
deliciando ao mais tenro
sutil toque,
seja pelas mãos afáveis,
seja pelos lábios adoráveis,
tens o corpo a tua essência,
desejoso de aparência,
cultuado pela inocência,
desprovido de
impertinência,
entalhado pela paciência,
de quem te olha à distância,
pois teme a imprudência,
em ser livre na indulgência,
em te querer na seqüência,
dos beijos e toques
aclamados...
Das estruturas mal
delineadas,
contorcidas pelas seqüelas,
que a vida nos destina,
impiedosamente a cada
ação,
arquitetada pela emoção,
em traços uniformes,
em cálculos estereotipados,
fazer de mim a tua relação,
como uma prancheta nua,
que aos poucos sobressai,
um conteúdo significante,
uma arte sem vislumbres,
um marco projetado,
uma obra a ser contemplada,
arquitetada por desejos...
Das curvas que passei,
neste rio de turvas águas,
que desvia sua trajetória,
diante dos obstáculos,
não por ser covarde,
mas por ser sábio,
como todo homem deveria
ser,
diante da mulher amada,
descobri-la como a um rio,
nas suas curvas serenas,
adocicada pela sua leveza,
intempestiva como as águas,
mas segura em seu leito,
a mulher não é uma
descoberta,
ela é uma aventura plena,
que homem nenhum
desbrava,
por ser insensível às vezes,
ou por ser indiferente,
mas quando aprender a
amar,
será o único capaz de
conhecer,
a mulher que diz ser,
pra sempre amada...
Compete ao ser humano
descobrir,
dentre tantas outras coisas,
sua própria existência e
essência,
como a quem procura um
caminho,
sem desvios para
concretizar sonhos,
ao homem compete
descobrir a mulher,
que há tanto o deixa
intrigado,
mas não no sentido de
explorá-la,
pois se explora matas,
mares,
a mulher deve ser
compreendida,
em toda a sua diversidade,
como a quem desnuda um
anjo,
que encanta de luz e amor,
o descobrir está em se
conhecer,
a cada passo dado em
direção a si,
é um passo na descoberta
da mulher,
pois só pode amar quem se
ama,
e amar uma mulher,
somente quem ama a
mulher dentro de si,
pois é covarde o homem,
que não assume em si sua
feminilidade,
principalmente para
descobrir,
a mulher que diz ser a
amada...
Tudo se resume em resumir,
como poucos têm a noção,
que a maturidade interage,
displicente com a futilidade,
cada vez que a compõem,
como os gestos sutis,
que vislumbram a vida,
como a quem ama amar,
em todos os que vão
voltando,
como ente preciso e errado,
das parábolas alugadas,
aos ouvidos de quem vê,
mas tem a incerta razão,
em nada cultivarmos,
além da indiscrição,
de sermos meros
coadjuvantes,
de uma relação
completamente,
recheada de dúvidas,
mas que nos leva a crer,
na essência de quem fica,
perseguindo as estrelas,
plantadas nos teus olhos...
Lindos são os momentos
nossos,
em que recriamos a emoção,
como dois loucos
apaixonados,
aprisionados pelo coração,
tecendo fios de comunhão,
para nos contemplarmos,
a cada carinho plantado,
onde nossas mãos
percorrem,
nossos corpos nus e doces,
descobrindo a eternidade,
de cada sentimento tocado,
como um vôo rasante,
onde o abismo nos sustenta,
tocar teus lábios molhados,
descobrindo tua essência,
trancada há tanto tempo,
na tua vitalidade serena...
Enquanto os animais ficam
em bandos,
os seres humanos tendem a
ficar sozinhos,
talvez por sermos mais
racionais,
deixando de lado nossos
instintos,
mas também somos assim
individualistas,
como desde a criação dos
tempos,
pensamos em nossa
felicidade,
queremos nosso sucesso e
riqueza,
desejamos para nós um
sexo delicioso,
exigimos que nos dêem
alegria,
enfim, queremos tudo para
nós,
por isso que estamos
sozinhos,
não há humano ou animal
que agüente,
ser explorado de tanta
crueldade,
ninguém é infindável em si,
mas quando aprendermos a
nos doar,
a dividir, a compartilhar,
quando formos cúmplices
verdadeiros,
estaremos no caminho certo,
o de não ficarmos mais tão
sozinhos...
Ao vento danço minha
dança,
como a quem semeia e
encanta,
pela pura razão em alegrar,
aos corações alheios
despertar,
dizem que sou ginasta,
mas sou muito mais ainda,
sou a mulher inacabada e
resolvida,
que diante da conquista se
expande,
sou uma bailarina sobre o
vento,
não uma pessoa simples ou
louca,
mas sou louca pela minha
loucura,
que há muito tenho me
realizado,
sou então uma ginasta
bailarina mulher,
que realiza seus sonhos e
enfatiza,
a alegria de viver está
justamente,
em saber como se viver...
Apesar de tudo e de todos,
apesar de erros e de
acertos,
apesar de sussurros e de
gritos,
apesar de afagos e de
porradas,
apesar de amarmos e de
odiarmos,
apesar de não compreender,
apesar de não complicar,
apesar de não esconder,
apesar de não entender,
apesar de ser teu bem
querer,
apesar de ser teu bem
desejar,
apesar de ser teu bem
beijar,
apesar de ser teu bem amar,
esqueço muitas vezes de
ser,
tudo o que posso ser
apesar,
de que tento apenas te
amar,
como a quem ama apesar de
tudo...
Sou mulher de garra e
amores,
que descubro no homem
seus temores,
são como crianças que
vislumbram,
ao mesmo tempo em que
temem,
são muitas vezes
pequeninos,
outras se mostram gigantes,
mas como mulher que sou,
sábia e conhecedora de
crianças,
entendo o homem em sua
descoberta,
principalmente em me
descobrir,
pois sei que sou um
mistério,
para qualquer homem sério,
para o homem que somente
brinca,
ensino uma nova
brincadeira,
a de mergulhar dentro de si,
descobrindo a mulher
cativa,
para nunca mais brincar,
com a mulher de fora e ativa,
pois o homem que se
integra,
é mais homem do que
qualquer outro,
pois desnuda-se
perdidamente,
pela mulher que ama
apaixonadamente,
sou mulher nas tuas mãos...


Original de
Gil Marcos Cordeiro Veiga
Original de
Gil Marcos Cordeiro Veiga
Original de
Gil Marcos Cordeiro Veiga
Original de
Gil Marcos Cordeiro Veiga
This file is not intended to be viewed directly using a web browser. To create a viewable file, use the Preview in Browser or Publish to Yahoo! Web Hosting commands from within Yahoo! SiteBuilder.