Gil Marcos Cordeiro Veiga
Poesias, poemas e outros escritos
Minhas Verdades Dois


Gil M C Veiga
Quando olha sobre o tempo,
percebendo que a cada momento,
tenho vivido em conta-gotas,
descubro que a torneira da vida,
está emperrada e trancada,
talvez somente para mim,
mas quero alguém especial,
para me ajudar a descobrir,
o que há diante deste tempo,
insólito e deslumbrante,
mas quero alguém especial,
mais do que um temporal,
que se anuvia em calmaria...
Tenho tanto a procurar,
uma razão para poder ficar,
diante de teus carinhos,
conhecidos sentimentos,
sobrepostos aos meus,
intercalados nos seus,
com as bocas caladas,
seladas num doce beijo,
nos corpos dispostos,
aos momentos postos,
sim, te quero em mim,
como marca permanente,
como minha vida fosse...
A semente que planto hoje,
nas veias de uma paixão,
me impele de te dizer,
que tenho medo de amar,
não por me envolver,
mas amar por entender,
que as razões são toscas,
como prejuízo sem juízo,
insanidade sem loucura,
retóricas reticentes,
momentos delirantes,
despedidas regressas,
beijos sem resposta,
apenas uma paixão delirante...
Como uma gota de suor,
inicio minha viagem insólita,
pela testa percorrendo tua face,
admirando teus contornos doces,
descendo pelos teus lábios,
percorrendo teu pescoço num
arrepio,
encontrando adiante teus seios,
indo à direção ao teu umbigo,
chagando ao teu sexo com volúpia,
descendo pelas coxas suavemente,
chegando a teus pés
sorrateiramente,
nesta viagem louca e sensual,
odiei tê-la feito tão sorrateiramente,
pois fiquei com inveja tremenda,
dos lábios que me seguiam...
Ávido de força em si,
como luzes renegadas,
pelas fronteiras levantadas,
cumplicidade marcante,
onde temos a percepção,
de que vamos crescer,
pelas moradas da paixão,
construindo o caminho,
solidificando a relação,
para que no amor,
encontremos a morada,
definitiva de nossa,
torpe procura...
Ser antes tudo,
do princípio,
até o fim.
A essência em ser o ser da
essência,
como a seqüência de uma
dissonante,
repleta de estrangeirismos light,
como a coca-cola que nos faz
arrotar,
queria ser cicuta para acabar de
vez,
com a hipocrisia de uma verdade
dita,
comendo pelas bordas beijando a
língua,
que fica paupérrima diante da
mingua,
mas que te falo nestas linhas
levadas,
à sã inconsciência de meus tarados
atos,
preservo a inutilidade de minha
futilidade,
pregando as indigestas
indagações...
Todo o ser que se faz presente,
mesmo que distante ou ausente,
mesmo que tolhido ou castrado,
mesmo que louco ou surtado,
delirante inconstante,
somos tão desafetos ao nada,
que de tanto sermos algo,
nos tornamos incrédulos,
diante de nossa tenra loucura,
que nos leva a paixão delirante,
somos tão depositários de nada,
que o vazio assombra o conteúdo,
mas temos um grande dom,
preencher lacunas e vazios,
por isso, somos temidos como
humanos...
Como posso ser impessoal,
se tua figura me assenta,
como tola tormenta,
que me arrebenta,
na via de fato,
mas serei para ti,
um marco zero em teu mapa,
não para iniciar,
mas para perpetuar,
imoralmente minhas razões,
escusas e delongas,
mas com intensidade,
de quem se almeja,
farto em tesão e desejo,
para te completar...
Somos os mais loucos e alucinados,
que corremos tanto atrás da
felicidade,
mas sequer temos olhos para
percebê-la,
ao nosso lado e nos observando,
somos tão precipitados que
tentamos voar,
mas esquecemos das asas para
realizar,
somos os mais vulneráveis a
tentação,
que quando descobrimos nos
destruímos,
somos os mais vorazes em nos
satisfazer,
pois acreditamos a cada renascer,
na verdade, descobrimos nossa
inutilidade,
a cada dia e cada experiência
desastrada,
descobrimos sermos apenas nós
mesmos,
mortais e humanos, quando
pensamos ser deuses...
São de saudades que plantamos
nossas sementes,
descontentes em serem apenas
grãos lançados,
mas não devemos deixá-las
crescer sem razão,
devemos adubá-las com muita
ternura e compreensão,
para que um dia cresça e nos
levem da solidão,
distante o mais que for possível,
para que neste louco caminho a ser
seguido,
o céu nos cubra com a força de
uma paixão,
que o chão se alastre em torrentes
de tesão,
que possamos compreender que a
vida é linda,
mesmo que a saudade nos leve
pelo desvio,
de uma trajetória de desejos e
segredos...
Tenho a vida em meus olhos,
às vezes tristes e distantes,
outras vezes alegres e contentes,
mas o que desnudo com eles,
na minha sensibilidade de ser,
imoralmente regado a prazer,
para compreender o tesão maior,
que podemos acender em nós,
colocar fogo nesta paixão,
atordoando o teu coração,
que esta em desilusão,
afago com muita emoção,
apagando a frustração...
Sempre que o tempo me envolve,
em sua cândida ternura muda,
como capa fardada infante,
que deslumbra ao mesmo tempo
retorna,
com intensidade meteórica,
nas preliminares do prelúdio,
como se temporalizasse o contexto,
virtualmente refletido no espelho,
onde calculamos sensibilidades,
mutilidades pelas futilidades,
mas o tempo nos destina
endereços,
para realizarmos nossos desejos,
carinhosamente na ternura...
A cada sorriso seu despenco,
para a vida mais alegre e solto,
porque tua alegria contagia,
apesar dos olhos sob a cortina,
mas o que me alivia, todavia,
é saber que antes de tudo existia,
a natureza concreta de tua alegria,
como se a linha esticada guiasse,
meus passos em direção aos teus,
mesmo dando voltas e voltas,
para poder centrar minha razão,
distante dessa louca emoção,
que me impede de te encontrar...
Te espero tanto dentro de mim,
como se fosse crava forte,
que se instala soberana,
nas profundezas do coração,
quero poder ser teu porto,
seguro e fecundo no mundo,
conforto e serenidade,
pois nada mais se deseja,
que se compreenda na relação,
entre pessoas que se querem,
do que a emancipação do amor,
onde cada qual será parte,
integrante do processo sem medo,
pois somos amantes naturalmente...
Quando olha sobre o tempo,
percebendo que a cada momento,
tenho vivido em conta-gotas,
descubro que a torneira da vida,
está emperrada e trancada,
talvez somente para mim,
mas quero alguém especial,
para me ajudar a descobrir,
o que há diante deste tempo,
insólito e deslumbrante,
mas quero alguém especial,
mais do que um temporal,
que se anuvia em calmaria...
O mundo é composto por retas,
que se curvam à simpatia de um
olhar,
que se arquitetam em consonância,
que se delineiam em traços
sinceros,
como o amor que queremos para
nós,
se desejarmos nos aproximar,
com a vontade de quem ama,
rabisco na vida meus sonhos,
dentre eles a certeza em amar,
traço retas e planos arquitetados,
para poder compreender,
as agruras de verdadeiramente ser,
humano e sensível para amar...
Ao negro do dia me entrego,
sem a luz que se esconde,
para que possamos ser pardos,
num enunciado de sombras,
mas percebo integralmente,
a fatura exposta de meu ser,
querendo ser imobilizado,
mas lutando pela sangria,
que escorre do tempo,
querendo ser molde doce,
chocolate de preferência,
para que o negro escuro,
tenha sabor de delicias...
Pertencemos a um campo de notas,
que se movimentam em escalas,
atordoando e rompendo partituras,
como uma breve sinfonia de
carinho,
somos instrumentos sensoriais,
que se tocam aos toques de pele,
vibrando sempre que arder desejo,
como pura melodia de beijos,
que a cada toque se faz mais doce,
como a peça de quem compõe,
como a musica que te ofereço,
porque somos notas de amor,
postadas no coração...
Nem que o choque se dê,
perceba minha lucidez,
diante da intensa loucura,
que caminha ao precipício,
nas exatas formas,
transloucadas de paixão,
morde-me cruelmente,
sem razão ou intenção,
apenas para saber do gosto,
que a carne produz no desgosto,
em retilíneas paralelas,
transversais do tempo,
assim se faz insanamente,
resplandecer em amor...
Tenho um pouco de luz no olhar,
que emana de minha simplicidade,
como quem se perde de vontade,
em dizer a alguém que ama,
pelo medo de receber um não,
que resulte na impossibilidade,
da busca de ir além de nós mesmos,
mas dizer que ama a alguém,
é algo de mais do que se pode,
pensar na simplicidade humana,
que traceja pela vontade infinita,
porque amar é fundamentalmente,
irrisório sem a resposta de
alguém...
Eternamente buscamos felicidade,
na imortalidade de nossa alegria,
que se sujeita à disparidade diária,
com simplicidade em realizar,
as virtudes indiretas de existir,
como almas gêmeas siameses,
ligadas pela realidade e verdade,
buscamos eternamente felicidade,
em nossas poucas ações boas,
em nosso relacionamento confuso,
somos mesquinhos em nós
doarmos,
mas somos ávidos em querer tudo,
podemos ser eternamente felizes,
basta-nos deixar de ser hipócritas,
em nossos sentimentos...
Assim que um pouco se tenha,
para completar o já existente,
sem que a tolerância venha,
e a incompreensão se faça,
redundante seja a retórica,
mesmo que se magoe,
mas na tristeza levantamos,
a alegria que havia caído,
com a sutileza do voar,
que se faz em asas do tempo,
esquecendo que somos feitos,
de cumplicidades itinerantes,
indo de ponto a ponto,
como quem deseja ter,
nos dedos o poder...
Inconstante é o querer,
de quem se quer por querer,
porque quem quer,
quer por querer por bem,
mesmo que o querer seja,
algo mais do que quer,
como alguém que quer,
ter alguém por querer,
sem saber que quer,
mas quer o querer de ser,
alguém para quem quer,
fazer do querer,
bem querer...
Original de
Gil MarcosCordeiro Veiga
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